A Hera.Build, uma startup desenvolvedora de agentes de IA, está com planos de expandir para o exterior. Em conversa recente com Mobile Time, a CEO e fundadora da empresa, Bárbara Valim, confirmou os planos para a segunda metade de 2026.
Esse avanço começou por conta de um de seus clientes que já possui operação na Espanha e pela sua plataforma de criação de agentes estar preparada para funcionar em português, inglês ou espanhol.
Atualmente, a startup tem na carteira 400 clientes, mas se considerar as áreas de negócios envolvidas, o uso da Hera pode passar dos 1 mil clientes. Com o apoio de Franciane Fenólio, chief human resources officer (CHRO) e sócia, Vallim pretende fechar a primeira rodada de investimento no primeiro trimestre de 2026.
A Hera.Build
Criada em 2024, a Hera.Build se apresenta como uma empresa de “customer intelligence” que possui tanto solução para a construção de agentes, como uma consultoria que ajuda os seus clientes a navegar na era da IA agêntica. Com passagens por Twillio e Genesys, Valim explicou que isso permite trabalhar com soluções internas (como agente para RH e colaboradoras), como externas (atendimento).
A criação deste arcabouço veio depois de a executiva pivotar o negócio, entre 2023 para 2024, de um agente de viagens (Sphinx) para a Hera. Isto foi feito após a CEO perceber que os agentes se tornarão “commodities” em breve: “Esse reposicionamento vem da nova solução. Éramos agentes e apps de IA e ajudávamos equipes de negócio a se conectar com seus clientes. Mas vemos que os agentes não são só a informação. Precisamos olhar a quantidade de informação para gerar insights para empresas e dar uma visão unificada”.
Um exemplo citado pela executiva é um agente feito para vender planos odontológicos para a OdontoPrev que, a partir da informação compartilhada pelo cliente, oferece o melhor pacote ao consumidor.
Feito com base em n8n (ferramenta de automação) e framework da brasileira Data2 e vários LLMs, a construção de agentes na plataforma é feita via prompt, com a empresa escolhendo o foco no negócio e as regras de proteção (guardrail). O modelo de negócio é baseado em pacotes de créditos que o cliente utiliza para consumir as unidades de IA da Hera.
Imagem principal: Franciane Fenólio, CHRO e sócia da Hera.Build (esq.); Bárbara Vallim, CEO e fundadora da Hera.Build (Divulgação)
